Pensei muito sobre como começar a contar a vida desses dois figuras e decidi que não seguirei uma ordem cronológica. Ou melhor, vou tentar seguir a partir de um determinado ponto e fazer alguns flashbacks, mas não espere detalhes sobre o parto deles e coisa do tipo para o início.
Devo pedir que esqueça algumas coisas que você viu sobre imortais - principalmente sobre vampiros. Atualmente, vampiros estão na moda e muita besteira tem sido publicada sobre eles. Por exemplo, vampirinhos adolescentes que se apaixonam pela mocinha do filme. Em filmes, livros e séries de sucesso, o vampiro não quer que sua amada seja como ele por puro fogo no rabo - afinal de contas, o que tem de tão ruim ser imortal? Faz-se muito barulho por nada. É tão ruim assim não poder sair durante o dia, ter que tomar sangue e ver as pessoas morrer enquanto você vive, em troca de uma eternidade sem doenças, sem riscos de morrer caindo de um banquinho e sem todos os problemas advindos da velhice? Romantismo à parte, um vampiro evita transformar sua amada porque ela deixaria de ser humana, logo, ao morrer, virará cinzas.
Outra coisa que as pessoas costumam associar erroneamente aos vampiros é que todos são fortemente apegados ao passado, mantendo o costume de usar roupas antigas e ficar chorando a morte da namoradinha com quem perdeu a virgindade. Besteira, pura besteira. Vampiros com esse tipo de frescura se matam antes de completar o primeiro século. Vampiros nostálgicos são legais no cinema, mas na vida real é bem diferente. Pense o seguinte, quando você tiver quarenta anos de idade (talvez até já tenha passado) usará as mesmas roupas e gírias de quando tinha, sei lá, quinze, vinte anos? Muito provavelmente, se você não é um bebezão criado pela avó num apartamento sem cachorro, a resposta será não. Vampiros, geralmente, buscam novas formas de se divertir e interagem muito bem com os humanos. Não fique pensando que vampiros modernos vivem trancados em apartamentos chorando o passado.
Também é balela pensar que eles lembra de tudo que viveram. Você lembra? Sabe de cor o nome de todas as suas ex-professoras? Lembra a cueca que usou no último aniversário? Não pense que os vampiros são diferentes. Como disse uma vez um amigo meu “eles são igual a gente, só que diferente” (também achei besta, mas dei risada).
Outra coisa engraçada que vi esses dias num filme adolescente que virou modinha: vampiros que só tomam sangue de animal. Ri até ficar com dor nas costelas! Apesar de não ser impossível um vampiro viver só com sangue de animais, isso não acontece. Tem dia que você tem grana pra comer picanha, noutros tem que se contentar com coxão duro, é a vida, e pro vampiro é parecido - se estiver fácil, vai de sangue humano, se não, ataca o que passar perto. Aí sempre um chato que diz “esse exemplo com carne não é certo, porque existem vegetarianos”. Ok, ok, mas mesmo os vegetarianos têm suas preferências. Você varia o prato, não? Vampiros também. Tente viver comendo só alface e rabanete então! Pode ser que você não morra de fome, mas pode ter certeza que, mais cedo ou mais tarde, vai encher o saco e querer outras coisas.
Chega de falar de vampiros. Cansei de ficar explicando as coisas, por isso, um especial sobre demônios vai ficar pra outro dia. Voltemos à história que fiquei de contar.
Durante meses, Pedro buscou incessantemente informações sobre um castelo desaparecido que esconderia uma fortuna em ouro. Du não entendia direito o porque de tamanha obstinação, pois tinham dinheiro suficiente para passar mais algumas décadas ao certo luxo – Se que ocupar sua eternidade, arrume um emprego, disse-lhe o demônio. Foram dias de preparação para que, finalmente, conseguissem encontrar uma forma de materializar o tal castelo, afinal, não é algo tão simples quanto parece. Pedro teve que oferecer dezenas de animais à Du para que, a partir das poucas pistas que tinha, encontrasse o rastro deixado e o local onde estava escondida a construção (e por que não humanos ao invés de animais? Relaxa, um dia eu te explico. Por enquanto, basta saber que isso não foi por amor à humanidade). Finalmente, em julho de 2009, numa fazenda de gado no sul de Minas Gerais, os dois reuniram os ingredientes finais para a conclusão do feitiço e iniciaram os procedimentos. E, pela enésima vez, Pedro contava a Du a lenda do castelo.
- Um dia, num lugar há muito esquecido, um antigo morador retornou à sua terra. Contava com entusiasmo as aventuras que vivera, as mulheres que amara, o quanto aprendera e enriquecera nos anos que esteve fora. Seu retornou era dado como improvável até mesmo pelos seus parentes, pois não era jovem quando partiu e muitos anos se passaram desde então. No entanto, ele regressou. Com sua fortuna, contratou todos os trabalhadores de sua cidade e de outras três cidades vizinhas – que não totalizaram mais que algumas centenas de pessoas. Sem exceção, independente de idade, todos os homens aptos a carregar peso, quebrar pedra ou cortar arvore, abandonaram seus ofícios e se apresentaram ao serviço, devido à rentável proposta. Às mulheres e aos limitados fisicamente - pela idade ou por deficiência - ficou a responsabilidade pela produção de alimentos e manutenção das casas.
- E pra que tantos trabalhadores?
- Pra erguer um castelo, talvez um templo. Uma grande construção de alguma coisa. Não me atrapalhe e continue fazendo seu serviço.
- Você é um péssimo narrador.
- E você é impaciente! Onde foi que parei?
- Manutenção das casas.
- Lembrei. As mulheres produziriam os alimentos e cuidariam das casas. O que manteve todos trabalhando tão empenhadamente é que ao final da obra receberiam a segunda metade acordada. Ninguém fazia corpo mole ou deixava que fizessem. No dia da inauguração, todos os trabalhadores e suas famílias foram convidados para uma grande festa. Comeram, brindaram, cantaram, mas ansiavam o pagamento final, para que pudessem voltar às suas casas e tocar a vida. Dá pra imaginar os planos que cada um tinha? Afinal de contas, era a primeira vez que teriam dinheiro para tomar alguma iniciativa. Devem ter tido belos sonhos na véspera.
- E?
- E o que?
- E o que diabos aconteceu?
- Ninguém sabe. O castelo desapareceu e todos os habitantes também.
- Me dá um bom motivo pra não te encher de porrada.
- Cara, quando esse homem retornou à cidade ninguém se perguntou como ele enriqueceu ou pra que queria uma construção tão grande no meio do nada. Alguma vez você ouviu falar de caridade sem um mínimo de interesse? Eu não.
- Deixe-me ver se adivinho. É por isso que estamos rasgando pescoços de vacas a arrebentando suas jugulares?
- Não. Estamos arrebentando jugulares porque você não trabalha de graça.
- Só estou colaborando com a sua teoria de que nenhuma caridade é gratuita. Além disso, tenho certeza que você está omitindo algum detalhe importante.
- Caridade? Nem sob tortura você faz caridade! Detalhe importante? Que nada, só restaram especulações. Se bem que, nesse caso, tudo é especulação. Ouvi que esse é o primeiro cassino da humanidade. Diz a lenda que quando receberam o dinheiro as pessoas começaram a esnobar fazendo apostas. Devem ter começado com “quem passa mão na bunda do outro por uma moeda” e sabe-se lá como terminou. Já imaginou o que eles pagaram ou fizeram por dinheiro durantes séculos? Penso comigo que, se alguém saiu apostando, em algum momento ficou sem dinheiro e aí, meu querido, deve ter matado a própria mãe a vista e dado o rabo em suaves prestações.
- E tem aposta mais bem paga que as que envolvem sacanagem?
- Realmente, acho que não.
- Como sabia que você demoraria a dizer o que faríamos, tomei a precaução de pedir um pagamento um pouco maior.
- Maior quanto?
- E isso importa? Já está pago mesmo.
- Só quero saber quanto você me explorou.
- Com umas dez vacas daria pra fazer o que quer. Pedi trinta pra garantir que não ficarei sem forças num momento de apuro.
- Você vai queimar no inferno, mercenário maldito!
- Ambos iremos, velho amigo. Só espero que não seja hoje.
- E não será.
- Você já fez as contas de quanto gasta com essas loucuras de “alguém me contou que não sei quem conhecia uma pessoa num lugar não sei onde”? A gente podia fazer tanta coisa melhor que estar no meio de um pasto sacrificando vacas.
- E o que estaríamos fazendo que não pode ser feito outra hora? Além do mais, não fui que espalhei o dinheiro do mundo. Quer saber, acho que já está bom. Conferindo: vacas degoladas - ok; sangue das vacas colocado em uma caixa d’água no meio dum pasto vazio e longe do olhar de curiosos - ok; carcaça das vacas no local onde deve surgir um castelo, templo, ou algo do tipo – ok. Agora, coloca teu nome na piscina do capeta e entrega meu presente.
- Você tem que me oferecer o sacrifício, esqueceu?
- Puta merda, isso é sacanagem!
- Regras são regras.
- Ó grande ser poderoso que não me diz o nome, por favor, aceite essa pequena oferenda que faço com todo amor e carinho.
- Pequena mesmo! Mas aceito.
Ao terminar de escrever seu símbolo-nome e aceitar a oferenda, o sangue e as carcaças passaram a emanar uma luz vermelha. Ao poucos, o sangue começou a desaparecer. Linhas vermelhas surgiram no pasto, sinalizando as dimensões do templo. Em seguida, linhas vermelhas demarcavam as paredes, o portão de entrada, as janelas e o teto. As carcaças se transformaram numa esfera vermelha que começou a flutuar, se distanciando, pouco a pouco, do solo. Ao atingir o teto do templo, a esfera começou a desaparecer, enquanto as paredes começaram a emanar sua forte luminescência. Aos poucos, a construção foi perdendo o brilho, até que Du avisou: Está feito.
- É isso? Eu gastei uma grana pra aparecer essa coisinha de dois andares? Não tem torre de observação, nem obelisco, nem pátio, nem área de lazer. Estou me sentindo lesado! Já vi casa de conjunto habitacional maior que isso! – bradou Pedro.
- Depois você banca a reforma.
- Porcaria. – resmungou Pedro - Mas vamos embora, hora da festa! Pega a mochila de armas que eu levo os explosivos. Alguma pergunta?
- A gente bate na porta, entra, prepara os explosivos, sai, explode tudo, usa a chave e vai tomar cerveja?
- Exatamente.
- Já te passou pela cabeça que pode não ser tão simples?
- Claro. Mas a gente vai esperar amanhecer pra ter uma idéia melhor? Bota essa porta abaixo e vamos...
A abertura da porta surpreendeu Pedro, que não conseguiu concluir a frase. Um corredor iluminado por tochas surgiu detrás das portas. Apesar do forte cheiro de carne podre, o corredor estava impecavelmente limpo. Ao adentrarem, visualizaram uma segunda porta dupla, que também estava aberta. Ao cruzarem a segunda porta, a primeira se fechou. Estavam no que, aparentemente, seria o salão principal do templo. Estranhamente, os vitrais das janelas estavam intactos, enquanto as paredes tinham vários riscos e pequenos buracos, e toda a mobília, decoração e outros objetos estavam espalhados, aos cacos, pelo chão. Rastejando, recolhendo os pedaços de metal que, devido ao tempo, apresentavam avançado estado de deterioração, estavam os restos dos convidados - mutilados, mas não mortos, como se regenerassem aos poucos para, novamente, se destruírem.
- Que porra é essa? – perguntou Pedro, incrédulo com o que presenciava.
- Não tem ouro. Não tem uma pepita sequer. – ponderou Du, calmamente, desviando-se das mãos que se esticavam tentando tocá-lo - Eles trabalharam e estão se matando há séculos por pedaços de canecas enferrujadas.
- E qual o problema? – disse o velho que surgira diante dos dois - Não sei por que monstros como vocês estão incomodados com a minha festa.
- Eita ferro! – gritou Pedro – Tu ta pensando que é quem pra aparecer do nada desse jeito?
- Eu sou o dono do castelo e não me lembro de tê-los convidado. – disse o velho enquanto caminhava, circulando os invasores, analisando-os. – Mas, como bom anfitrião, gostaria que fizessem parte da minha humilde festa.
- Festinha bacana. – disse Du, sorrindo ao anfitrião – Pena que vamos dispensar.
- E por quê? – perguntou o velho.
- Por que eu já senti seu cheiro em algum lugar, o que já é motivo pra não ir com a tua cara. Pedro, prepare os traques, estamos de saída.
- Não precisa repedir. – disse Pedro, retirando rapidamente quatro pacotes de dentro da mochila que carregava.
- Acha mesmo que vocês vão entrar na minha casa, fazer e falar o que quiser e simplesmente ir embora. – ameaçou o velho – Vocês vão ficar! Tudo que toca esse chão é meu!
Pedro viu os pacotes afundarem, como se o piso do salão estivesse derretendo. Olhou em volta e percebeu que ele e os corpos também afundavam, mas Du e o velho continuavam caminhando, se encarando.
- De onde você tirou que eu sou tão ingênuo a ponto de entrar aqui e tocar em alguma coisa? – provocou Du, rindo ao ver o amigo afundando – Não se mexa, vou dar um jeito nisso.
Uma forte luz vermelha cobriu o chão, que novamente voltou a ser sólido. Pedro parou de afundar, mas não conseguiu retirar as pernas.
- Ô, espertão! Eu to preso até o meio das canelas aqui! – disse Pedro, impacientemente a Du.
- Espera um pouco que agora os adultos estão conversando. – brincou Du.
- O que é você? – perguntou o velho.
- Temos a mesma origem, mas pra onde você vai eu não volto mais. – respondeu Du – Desconfiei que estava fácil demais. Mantive-me a poucos milímetros do chão, esperando que mostrasse seu jogo. Suspeitei que fosse um demônio, por ter feito uma prisão de onde garantiria a fonte do seu poder. Quando apareceu falando português, tive certeza que era como eu.
- Como assim quando apareci falando português?
- Simples. Você lançou a prisão num outro plano, longe dos humanos, mas continuou vivendo na Terra. Aprendeu outras línguas, viveu escondido, sem chamar atenção. Se bem que não precisava chamar atenção, pois tinha sua fonte permanente, não precisava ficar se vendendo. Reconheço que fez um bom trabalho, mas a farra acabou.
- Só acaba quando eu disser que acabou! – gritou o velho.
- Você usou demais a energia desses gananciosos. – desdenhou Du - Agora, vou pegar meu amigo, sair daqui e mandar esse pardieiro pro espaço. Se tentar me impedir, bem, é melhor nem tentar, sabe que tenho mais poder que você.
- Desgraçado! – gritou desesperadamente o velho, que começou a tomar sua forma bestial.
- E como é que você vai me tirar daqui? – perguntou Pedro.
- Isso você responde. Prefere o que, machado ou doze? – respondeu Du.
- Filho duma puta!
- Decide logo porque o bicho ta ficando feio.
- Doze! Doze! Não, machado! Você consegue cortar com um só golpe? Puta merda, eu não acredito nisso!
- Vamos de doze pra poupar tempo. – disse Du, dando um tiro em cada perna, pouco abaixo dos joelhos.
- Puta merda! Filha da puta! Não arrancou as duas! – berrou Pedro, olhando para os ferimentos e, posteriormente, para o velho que mudara de forma – Ele ta vindo! Corre! Puta merda! Corre!
Du puxou Pedro, arrebentando o que restara de suas pernas, colocou-o em suas costas e correu em direção à saída. Quando estavam a menos de três metros do portão, foram arremessados para frente, caindo sobre o pasto.
- Ficou louco?! Você explodiu antes da gente sair! – disse Du, antes de começar a rir incessantemente.
- Ele tava quase pegando a gente. – respondeu Pedro, que rolava pelo chão enquanto regenerava as pernas.
- Usa a chave logo. Eu não posso tocá-la. – disse Du, entre uma gargalhada e outra.
- To indo, calma. – reclamou Pedro, enquanto retirava do bolso direito da calça uma pequena chave, antiga, enegrecida, presa a uma corrente prateada. Segurou-a pela corrente e disse – Eu sou o portador da chave e, com ela, abro os portões para que essas almas possam, enfim, descansar.
Uma forte luz branca começou a brilhar sobre Pedro, como um farol sinalizando o caminho para as almas que se levantavam dos destroços. Assustadas, pareciam ter acordado subitamente de um longo sono em um lugar desconhecido. Algumas choravam, outras escondiam o rosto. Todas sabiam que haviam perdido suas vidas, mas finalmente a tortura acabara.
- Não quero atrapalhar seu momento de alegria, Du, mas seu novo amigo está vindo pra cá.
- Não acredito que ele sobreviveu – disse Du se levantando e pegando o machado que voara de suas mãos com a explosão.
- Cravarei suas cabeças na porta de entrada da minha nova prisão! – ameaçou o monstro, que caminhava arrastando a perna esquerda, quebrada, em direção a Du. Estava com o corpo todo queimado e faltando dois de seus cinco pequenos chifres – Traidor, inútil!
- É incrível como você não aprende. – disse Du, caminhando em direção ao monstro com o machado em punho - Cara, se você morrer aqui, acabou. Lembra que não temos alma?
- Nós somos iguais, e por isso eu posso te perdoar. Mata o sugador de sangue! Mate ele! Juntos construiremos uma enorme prisão. Vou te ensinar tudo que sei. – barganhou o monstro.
- Sabe o que mais me admira em nós demônios? O orgulho. Mesmo quando ameaçados, continuamos de cabeça erguida. No entanto, alguns de nós se humilham diante do fim, fazendo acordos ridículos, implorando pela vida. Se não te resta nem o orgulho, por que te deixaria viver?
- Cachorro imundo! – gritou o monstro saltando sobre Du.
Du se desviou do ataque e golpeou fortemente, com o machado, as costas do monstro, partindo sua a coluna. Berrando e rastejando, o monstro tentou mais duas vezes cravar suas garras em Du, que esquivou-se dando um salto para trás. Segurando firmemente o machado com ambas as mãos, Du cravou-o na cabeça do monstro, que parou de gritar.
Por alguns segundos, Du ficou paralisado, segurando o machado cravado no monstro, olhando o corpo sangrando que, aos poucos, parou de mexer e começou a virar cinzas. Não pensou em nada. Não expressou qualquer sentimento. Olhou para a direita e viu Pedro, que terminara de guiar as almas e estava observando-o.
- Bateu remorso? – perguntou Pedro.
- Só se for não ter te matado e feito um acordo com o feião. – respondeu Du sorrindo ao amigo.
- Quem paga a cerveja?
- Eu já comprei. Deixei num isopor na caçamba da caminhonete.
- E desde quando você tem dinheiro?
- Desde que descobri a senha do seu cartão.
- Vou descontar no próximo trabalho.
- Se estiver achando ruim, arruma outro pra te ajudar.
- E abandonar o Dudu, o demoniozinho camarada? Nunca!
- Engraçadão. Vamos embora, preciso de um banho. Ah, só mais uma coisa.
- O quê?
- Vá se foder.
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